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  • Foto do escritorRogério

Vamos fazer mapas?

Terminou na semana passada, dia 10 de junho, o reconhecido MOOC Cartography, promovido pela ESRI Training


Este MOOC (do inglês Massive Open Online Course) de cartografia é de inscrição universal (qualquer pessoa pode inscrever-se) e tem como objetivo ensinar o formando a fazer melhores mapas, mais inteligentes, mais atrativos e com maior impacto na mensagem que se pretende comunicar/transmitir.

É um curso de 6 semanas, repartido em 6 módulos, desenvolvido na plataforma online da ESRI, onde o formando, quando inscrito, terá acesso a uma conta na plataforma e licença para uso de software. Pode aprender ao seu ritmo, juntamente com os outros formandos (learn together), com o intuito de melhorar as suas competências na área da cartografia. O curso contempla:

- visualização de vídeos com a matéria teórica;

- realização de exercícios práticos no ArcGIS Pro;

- partilha de sugestões e esclarecimento de dúvidas no fórum;

- partilha dos trabalhos nas redes sociais o que permite aprender com exemplos,

- partilha de ferramentas digitais (como links úteis, tutoriais, etc.)

Para conheceres em detalhe o seu conteúdo, podes clicar aqui.


Para teres noção da universalidade (globalidade) do curso, com pessoas inscritas de todo o mundo, gostaria de partilhar contigo o "CartoMOOC mega map - our global classroom", criado por Kenneth Field, formador e diretor do curso.

Está na altura de partilhar contigo, alguns dos trabalhos realizados.

Partilharei por módulos e sequencial.


Fazer um mapa

Este foi o primeiro desafio.

Elaborar um simples mapa, com elementos vectoriais (polígonos, linhas e pontos).

Ao mesmo tempo, entender a prioridade dos elementos representados.

Trabalhar com projeções cartográficas

O objetivo inicial deste exercício foi compreender o conceito de projeção cartográfica e dar a conhecer que cada uma, por natureza, distorce na realidade a representação da Terra, seja, na sua forma, área, direção ou distância. Compete a cada cartógrafo escolher a projeção que melhor se adequa ao fenómeno que pretende representar.



Neste exemplo, estamos a ver uma projeção no Pólo Sul do Globo, onde estão representados dados dos furacões, presentados por pontos.

Os três mapas seguintes, são semelhantes aos anteriores, no entanto, aplicou-se a simbologia de firefly. No segundo mapa, podemos ver uma projeção do Pólo Norte e no terceiro uma projeção azimutal equidistante.


Podes ver como criar um mapa semelhante a estes, aqui.



Explorar os dados e escolher o método de classificação

Neste exercício foi possível analisar os dados fornecidos na tabela de atributos. É algo que é recomendável antes de qualquer classificação de dados.

Ao mesmo tempo, teve como objetivo dar a conhecer os vários métodos alternativos para classificação de dados numéricos para a elaboração de mapas temáticos, como este mapa coroplético.








Símbolos, escala e generalização

Como sabemos, um mapa é a representação da realidade de um território, numa determinada escala. Com este exercício compreendemos a definição e a importância da escala para representar várias áreas territoriais, de dimensões diferentes.

Ao mesmo tempo, aprendemos a técnica da generalização, simplificando e ocultando alguma informação, conforme a escala, para podermos criar um mapa com várias escalas.

Este mapa das estradas da Nova Zelândia mostra-nos diferentes níveis de detalhe em três escalas distintas (país, ilha e cidade).




Mapas temáticos

Os mapas temáticos podem ser variados. Com este exercício praticamos algumas técnicas de representação dos dados com o objetivo de criar diferentes tipos de mapas temáticos. Podes ver aqui alguns desses exemplos.

Ao longo do curso fomos sempre desafiados aprofundar os nossos conhecimentos e a melhorar as nossas skills com alguns stretch goals.

O mapa inspirado em Jackson Pollock foi um desses desafios.

Confesso que nunca tinha representado os dados de forma tão artística e colorida. Curioso que apesar desta enorme mancha de cores parecer à primeira vista confusa, acabamos por conseguir interpretar os dados representados.



Rotular um mapa

O texto presente num mapa ajuda-nos a transmitir informações que os elementos gráficos, como pontos, linhas e polígonos, não conseguem.

Neste exercício aprendemos a colocar e redefinir automaticamente os rótulos introduzidos nos atributos.

Neste caso, o nome das cidades, das estradas, dos rios, dos parques e dos locais de interesse.

Por fim, foi também possível hierarquizar os rótulos, para tornar o mapa mais legível e simples possível.






Rótulos como símbolos

Algo que nunca tinha feito até hoje.

Criar um mapa onde o próprio label, segundo uma cor e uma dimensão, serve como symbol para representar a informação a transmitir.

É algo que despertou o meu interesse e terei de explorar um pouco mais sobre esta técnica.

Se olharmos para o segundo mapa, nem necessitamos praticamente de legenda, porque o valor é apresentado no mapa segundo uma dimensão e cor.






Como criar mapas 3D

Alguma informação geográfica pode ser melhor visualizada e interpretada em três dimensões. Com a tecnologia e mapeamento em 3D surge a necessidade de informação vertical (como altura dos edifícios, volumes das árvores e do relevo do terreno, por exemplo).

Neste exercício foi possível elaborar um mapa ao nível da localidade (definir a volumetria dos edifícios e das árvores), da rua (com a colocação do mobiliário urbano) e edifício (um plano aproximado pré-definido), usando os marcadores que nos auxiliam a visualizar a cidade num plano 3D.



Small multiples

Já elaborei vários mapas desta forma, mas não os identificava de small multiples (pequenos múltiplos). Mas faz todo o sentido, por se tratar de um conjunto de mapas semelhantes, na mesma escala, representando fenómenos distintos, de um conjunto de dados, no tempo e/ou no espaço.

Neste conjunto de mapas estão representados os terramotos desde 1898, por magnitude. No primeiro conjunto, foi aplicada uma só cor com transparência e no segundo, aplicada a simbologia firefly.



Criação de uma cena de voo

A 22 de março de 2014, na comunidade Steelhead Haven, perto de Oso (Washington), ocorreu um trágico deslizamento de terras. Tendo como cenário o antes e depois da topografia do local, foi possível criar um vídeo animado, mostrando a mudança ocorrida. Com isto temos uma melhor perceção dos danos causados no território e nas populações.



Animação 2D com fita do tempo

Tudo começou com um simples mapa 2D, onde se encontrava representando três portos coloniais (Inglaterra, Holanda e Espanha) e a rota de cada um dos seus navios. Usando as informações temporais (data) de cada navio, juntamente com a sua rota foi possível animar o conteúdo ao longo do tempo.

Por fim, neste exercício foi possível aprender como exportar uma animação com os padrões videográficos do instagram e/ou twitter.



Animação stop motion

A animação stop motion é muito famosa, devido à indústria cinematográfica que celebrizou filme como "O Estranho Mundo de Jack", "Fuga das Galinhas" e "Wallace & Gromit", entre outros.

Fiquei surpreendido poder aplicar esta técnica em cartografia, no ArcGIS Pro.

E o resultado foi bem interessante.

A música e a legenda acabei por colocar no Adobe Premiere.


Como podes ver o curso abordou várias áreas da cartografia. Para mim foi um curso enriquecedor, motivador, inspirador e super divertido.

Num período de confinamento, ocupei a minha mente de uma forma fabulosa!


Todos estes mapas foram elaborados por mim, no âmbito deste MOOC, para fins pedagógicos e de prática de manuseamento do software.

Partilho contigo para te mostrar o que poderás fazer e desenvolver no MOOC Cartography, com o uso de ArcGIS Pro.

Se ainda não o fizeste, fica atento e inscreve-te no próximo...

Valerá muito a pena!


Os formadores

Cartoon dos formadores, de Wesley Jones.
Cartoon dos formadores, de Wesley Jones.
Kenneth Field, Nathan Shephard, Edie Punt, Wesley Jones e John Nelson.
Kenneth Field, Nathan Shephard, Edie Punt, Wesley Jones e John Nelson.

Por fim, gostaria de destacar a equipa de formadores:


Excelente equipa!

Para além de competentes, muito simpáticos, divertidos e sempre acessíveis no fórum e nas redes sociais (segue-os nas suas redes).


Muito obrigado por tudo!

Thank you so much for everything!


O certificado

Quando finalizares o curso receberás um certificado de frequência como este.







Sustenta o sustentável 🍀

Rogério

Geógrafo

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