Tive conhecimento deste desafio #esefosseeu através da Associação dos Escoteiros de Portugal #esefosseeuaep e achei na hora um desafio interessante e com uma questão pertinente: “E se fosse eu?”
Realmente só nos colocando no lugar dos outros, poderemos tentar responder a tal questão. E hoje, por vezes, tenho assistido a cada comentário infeliz de muitas pessoas que parecem que não conseguem colocar esta mesma questão: “E se fosse eu?” Em tempo de paz, muito dificilmente sentiremos e saberemos como será partir da nossa terra, por esta se encontrar em guerra, em total colapso.
Ter que partir e deixar tudo para trás, com apenas uma mochila?
Ao tentar pensar nisso, não cheguei a nenhuma conclusão a não ser pegar nas minhas duas mochilas que estão sempre prontas para mochilar, por motivos da minha vida pessoal atualmente.
Felizmente, a minha Terra ainda é o meu País e o meu País ainda é a minha Terra…
… e como tal percorro-o de Norte a Sul com regularidade. Fico em casa de família, de amigos, em hostels, na sede dos escoteiros, em parques de campismo e até em praias, em jardins, em pinhais, etc. Tudo em tempo de paz. Com conforto ou desconforto… tudo em tempo de paz! A minha cama e almofada começam a ser uns estranhos para mim. Sendo assim, se tivesse que partir iria provavelmente pegar nas minhas duas mochilas que se convertem numa, quando meto a pequena dentro da grande. A pequena está preparada para 24 horas. É uma mochila que está pronta para as minhas caminhadas e retiros de fim de semana, para me orientar pessoalmente e ao mesmo tempo para dar apoio à formação no Grupo 250 de Mafra.
Que contém (no sentido dos ponteiros do relógio):
Mochila com elásticos/mosquetões e com a minha identificação com grupo sanguíneo;
Marmita com talheres de campanha.
Enlatados e bolachas/barritas energéticas (normalmente tenho apenas 1 ou 2);
Telemóvel não iria na mochila, provavelmente no bolso, mas quando ficasse sem rede ou sem bateria iria para a mochila. Também não é fundamental numa situação de refugiado, mas hoje não consigo viver sem ele. Até consigo! Mas quando não o tenho, sinto falta…
Carteira com todos os meus documentos e algum dinheiro (tenho fotos da família e também selos postais, para quando quiser matar saudades e enviar notícias à família);
Relógio também não iria na mochila, iria no pulso;
Panamá. Sempre me acompanha quando prevejo uma jornada de caminhada.
Água (ando com água e quando termina serve sempre de recipiente para voltar e encher de água de uma fonte, torneira ou até ribeiro desde com água límpida);
Abafo. Serve para proteger o pescoço, boca e nariz do vento e frio. Para mim é útil;
Apito com conta passos. Poderá servir para muita coisa: Chamar atenção! Alertar perigo! Informar localização! E quem sabe arbitrar um jogo… 😛
Caneta e bloco de apontamentos. Sempre andam comigo, para apontar tudo o que achar necessário e/ou partilhar info escrita com alguém;
Aspirinas. As que estão na foto eram 4, só foi usada uma porque dei ao meu pai. Podem ajudar-nos a nós próprios e aliviar a quem nos solicita ajuda.
Canivete multifunções tipo Suiço. Para tudo e mais alguma coisa.
Isqueiro. Para fazer fogo;
Produtos de higiene (normalmente apenas escova e pasta dentes pequena e papel higiénico);
kit 1.º socorros (que neste momento até está incompleto).
Caso soubesse que teria que partir por muito mais tempo, como é o caso que se verifica neste desafio. Levaria então também a mochila grande.
E esta contém:
Tenda. Não é importante, mas em tempo de chuva e frio, pode dar jeito;
Esteira de campismo. Coloquei na foto, mas nunca vai nas minhas viagens!
Saco-cama. Um bem quentinho é fundamental!
Camisola e roupa interior. Normalmente só levo uma muda. Quando tenho que mudar, lavo e vai a secar na mochila.
Toalha. Não é fundamental, mas serve como toalha de praia, de toalha de banho, de toalha de mesa, de saia, de cachecol, de chapéu/gorro viking e aconchegar um bébé, etc.
Esta seria a minha mochila!
Normalmente pesa até 10kg. Ficaria a faltar muita coisa… roupa, calçado e comida… Ficaria a faltar provavelmente objetos de valor sentimental e material… mas que não são importantes nestas situações…
Provavelmente esperaria que poderia contar com ajuda de outras pessoas… voluntárias e anónimas… que me dariam a mão… e eu em jeito de gratidão aceitaria sem hesitar…
Gostaria de enaltecer a organização deste desafio #esefosseeu, à Plataforma de Apoio aos Refugiados. Que pelo que vejo nos OCS e acompanho na internet têm feito um trabalho imenso/enorme, mesmo contra a hipocrisia que se ouve nas nossas praças e ruas. Têm sempre feito um papel de educação/sensibilização da nossa Comunidade. Um bem haja a todos vós.
Força nisso!
Sustentem sempre o Sustentável.
À Associação dos Escoteiros de Portugal #esefosseuaep, por se ter associado a este projeto, muito bem.
Sempre prontos!
A nossa missão também é esta mesmo… Canhota!
Sustenta o sustentável 🍀
Rogério
Geógrafo
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