Foto de Gaivota, Istambul, 11.06.2009.
O aeroporto Sabiha Gökçen indicava que estavamos do lado asiático e que teríamos de percorrer a cidade por auto-estrada para chegar ao lado europeu.
O primeiro impacto foi que não havia regras na estrada. Faixas de rodagem existiam, mas é como não estivessem lá! Os sinais de sentido proibido eram ignorados! As ultrapassagens tanto podiam ser pela esquerda, como pela direita! Só respeitavam as passadeiras se estas tivessem semáforos. Havia que estar de olhos bem abertos!
A cidade tem 15 milhões de habitantes e com esta dimensão o mais normal é perder-se a direcção. Assim, foi com alguma dificuldade que chegámos a Kumkapi, ao local onde se encontrava o Grand Liza Hotel.
As mesquitas chamavam para a oração. Por todo o lado que olhássemos encontrávamos uma mesquita com os suas torres a perfurar o céu.
Já do lado da Europa, a primeira paragem foi mesmo o Grande Bazar (Kapaliçarşi). Ruas e mais ruas de lojas sem fim à vista. Os comerciantes tinham sempre um sorriso no rosto e para eles éramos sempre espanhóis! Encontrámos um povo aberto e pronto para receber bem.
Nas ruas encontrámos uma mistura de tudo. Os contrastes ressaltavam mais nas mulheres. Ora víamos mulheres quase despidas, ora só com os olhos à mostra. E com o calor que se fazia sentir até nos causava impressão! Connosco andava sempre uma garrafa de água para refrescar a garganta, porque a temperatura era de 35º graus à sombra.
Sultanahmet é a zona histórica da cidade e a mais conservadora. Aqui é possível passear pelos jardins onde se encontra o Hipódromo e o Obelisco Egípcio. Conhecer a Mesquita Azul (Sultanahmet Camii), que é imponente e maravilhosa tanto no interior, como por fora. Em frente encontra-se a Mesquita Sofia (Ayasofya Müzesi), que actualmente é um museu. Também é possível conhecer a cisterna (Yerebatan Sarnici) e o palácio de Topkapi (Topkapi Sarayi).
Ao atravessar a ponte Galata, passa-se para o outro lado da Europa e para uma zona mais moderna. Na principal rua das lojas, a Istiklal Caddesi encontrámos a todas as horas um mar de gente. Esta termina na Torre Galata (Galata Kulesi).
Na hora de comer há que experimentar! Tudo sabe bem, até mesmo os pratos que possam ter um pior aspecto visual. Deixo registado aqueles que ainda me lembro: Izgara Köfte (bolas de carne grelhada); Pilav Üstü Tavuk Döner (peito de galinha com arroz); Kumpir (batata doce gigante com os ingredientes à escolha); Uludag limonata (sumo de limão); para os mais fortes, Yeni Raki; Dil (bolinhas de peixe grelhado) e claro baklava. Com gelado é divinal!
Para conhecer Istambul o melhor mesmo é calcorrear as ruas a pé, mas para quem não é tão resistente pode sempre apanhar um táxi, ou andar de metro, tram (metro de superfície), funicular ou autocarro. O táxi e o tram são os melhores. Também se aconselha um passeio de barco pelo Mar Marmara (Marmara Denizi) ou pelo Bósforo. Já Tophane e Ortaköy são duas zonas de bom ambiente nocturno.
Na despedida há que dizer Hoşça Kalin e regressar a casa.
Escrito por Gaivota
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Rogério
Geógrafo
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