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O aumento da população é uma transformação da biomassa e das matérias que há na Terra em outras coisas. Ora, como só a Natureza sabe bem fazê-lo (tivemos milhões de anos de exemplo) as coisas estão a dar pró torto: assim, agora produzimos desertos, secura, lixo, dióxido de carbono e outros gases, betão, alcatrão, corrupção, esvaziamento, autoritarismo, hipocrisia, escravaturas, destruição de ideias e fechamento de caminhos.
E guerras: a da fome e a das armas.
O objectivo é sempre o mesmo: considerar o “Outro” como inimigo para limpar o respeito do caminho e destruí-lo.
Para que não obste ao…
Crescimento?
Desenvolvimento?
Progresso?
Bem-estar?
Reforço do poder.
Estão a vencer mas cada vez menos a convencer.
Vêde o crescimento demográfico islandês, sustentável, e como ele pode andar associado à raridade da biomassa que sustenta os corpos humanos e a uma outra concepção de vida, do Homem e da sociedade (que difere da imperialista capitalista: crescer, crescer, crescer, crescer…)
Vêde o descrescimento populacional (não sou contra o decrescimento) de Portugal e como para tal desencantaremos inúmeras explicações:
– abandono do sector produtivo em detrimento do ilusório sector especulativo e engonhador (serviços e comércio)
– falta de perspectivas, de ideias e sobretudo, que são cada vez mais a senti-lo, falta de vontade para estar numa terra em que reina um profundo desprezo e uma algoz prepotência por parte dos decretos administrativos e dos procedimentos ordinários das empresas que nos vão carcomendo cada aspecto da nossa vida, vidinha, social.
Ah… se a Natureza ajudasse Portugal e tudo invadisse.
Mas andámos a maltratá-la e a enfraquecê-la durante demasiados anos para que elas nos venha agora resgatar em momentos de aflição.
E assim se perdem caminhos de sabedoria e respostas ao mundo desorientado que cada um de nós ainda leva dentro.
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