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Foto do escritorGeorden

Vulcão dos Capelinhos – 50 Anos

No dia 27 de Setembro de 1957 iniciou-se uma erupção submarina no alinhamento tectónico-vulcânico de orientação WNW-ESE a 300 metros da Ponta do Capelinhos, freguesia do Capelo na costa Noroeste da Ilha do Faial (Açores) e que se iria prolongar até ao dia 24 de Outubro de 1958. Estávamos perante o nascimento do vulcão dos Capelinhos.


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Os eventos vulcânicos iniciados 27 de Setembro de 1957 foram antecedidos por uma importante actividade sísmica registada entre os dias 16 e 27 de Setembro de 1957, registando-se centenas de sismos de intensidade sempre inferior a grau 5 na Escala de Mercalli.


A erupção vulcânica iniciou-se com a emissão de gases e explosões com projecção de piroclastos que viriam a diminuir as partir do dia 3 de Outubro dando lugar a violentas explosões onde eram expelidas bombas e cinzas vulcânicas com a ocorrência, em simultâneo, de derrames lávicos que iam escorrendo para o mar, formando a 10 de Outubro uma primeira ilha com cerca de 800 metros de diâmetro e 99 metros de altura a que se denominou de “Ilha Nova” e que viria a desaparecer no final desse mesmo mês.

No inicio de Novembro a actividade vulcânica ganhou novo fôlego com a formação de uma nova ilha que no dia 12 desse mesmo mês se ligou à Ilha do Faial por um istmo, havendo depois um progressivo aumento da actividade vulcânica até atingir o seu máximo na primeira quinzena de Dezembro. A partir dessa altura (16 de Dezembro) cessou a actividade explosiva iniciando-se a efusão de lava, verificando-se um aumento o tamanho da nova ilha até aos 2,5 km2 devido à erupção de materiais entre os meses de Maio e Outubro de 1958.

Durante e após a erupção vulcânica os Estados Unidos da América aprovaram legislação especial que permitiu a deslocação de milhares de residentes na ilha que almejavam fugir às condições extremas vividas nesta altura na ilha do Faial, ficando assim a ilha com uma população reduzida para cerca de metade dos seus efectivos que antes da erupção era de cerca de 30 000 pessoas.


Actualmente a área do vulcão dos Capelinhos, que era de 2,5 km2, está reduzida a cerca de 600 m2 devido à acção dos agentes erosivos onde se inclui a acção humana. A acção do vento, as ondas do mar, as visitas descontroladas e dragagem de areias são actualmente os principais factores que contribuem para a diminuição do vulcão dos Capelinhos, havendo mesmo o risco de num futuro próximo este voltar ao estado de ilhéu se não se tomarem as devidas precauções.

A zona dos vulcão dos Capelinhos é actualmente uma zona de paisagem protegida devido à sua importância geológica, pertence à Rede Natura 2000 e é um dos principais pontos turísticos dos Açores que deverá ser alvo de investimento público com a construção de um centro de interpretação.

No dia 27 de Setembro deste ano iniciaram-se as comemorações do 50º aniversário do Vulcão dos Capelinhos que se devem prolongar até ao Dia 24 de Outubro, período onde se deverão desenvolver cerca de uma centena de actividades que visam assinalar a efeméride nos Açores, Canadá e Estados Unidos.



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